24/05/2009


O Rei ergue os braços para o público. Planejava a foto. Queria relacionar o cantor com a luz e sua crença. Me dediquei para enquadrar a luz nas mãos de Roberto Carlos. Quase cheguei lá. De qualquer forma o resultado me satisfez. Valeu pensar na foto antes de clicar. Brincar com a luz é sempre bom!!!

20/05/2009

Recentemente estive no deserto de Juazeiro da Bahia, 300 km de Salvador. É longe. Esta igrejinha é considerada a dona dos milagres da região. Imagem mágica. Percorri 200 km de Juazeiro ao deserto. Lá não tinha energia elétrica. Quando vi as velas percebi que elas seriam as minhas únicas fontes de luz. A senhora que nos levou ao local, e que cuida com carinho da igrejinha da Santa Cruz do Deserto, fez sua oração e eu fiz a foto. Minha teoria permanece: mesmo na escuridão existe luz. Até a próxima.
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09/05/2009


A foto ao lado foi feita por mim para o Jornal O Estado de São Paulo, durante o lançamento do DVD da minissérie Maysa, uma produção da TV Globo.

Um exemplo de como temos algumas possibilidades de criar diante da rapidez de uma foto para divulgação. A atriz estava posando para vários fotógrafos ao mesmo tempo.

Uma sugestão para fugir da mesmice é tentar ficar onde ninguém está. Embora isso seja quase impossível quando se trata da disputa entre fotógrafos, sempre haverá um cantinho diferente onde você poderá se posicionar. A luz era quase nada. O ambiente: restaurante do Hotel Copacabana Palace. Um clima meio Pub americano. Pouca luz e fundo preto, ou seja, sem flash seria quase impossível. Mas como acredito que mesmo na escuridão existe luz, usei o flash sim, mas sem achar que ele faria milagres.

Fotografo antes com a minha imaginação depois faço o clique. Quando cheguei ao Hotel Copacabana Palace fiz as minhas fotos imaginárias, o que resultou na foto acima publicada. A diferença, neste caso, é que além de fazer a foto/arte eu também tinha que pensar no conceito de divulgação desta imagem.

Fiz aquelas perguntas básicas do jornalismo: o que, quem, quando, como, onde e por quê? Quem seria o principal personagem da noite? Naquele caso, eram vários: diretores, atores, autores de novelas. Mas como a protagonista da série é Larissa, esta não poderia faltar em minhas fotos. Em que contexto a foto “falaria” mais sobre o assunto (divulgação) do DVD Maysa? Olhei no ambiente e vi o cartaz, que, aliás, foi colocado ali justamente como referência ao evento. O cartaz e a atriz principal eram então o foco da minha foto. Um resumo do evento.

Esta seria a mensagem de divulgação. A foto de abertura. Depois pensei na iluminação. Não queria que a luz dura do flash estragasse a minha imagem. Me posicionei ao lado da atriz de onde vinha uma suave luz indireta. Usei 800 ASA, 30 de velocidade, respirando fundo e f 4.0. Tentei um enquadramento meio lateral justamente para ficar diferente do que todos estavam fazendo. Eu não precisava e nem queria fazer a foto posada da atriz. Queria que ela não olhasse para a câmera. Os colunistas de jornal preferem este estilo. O motivo é simples: sugere espontaneidade. Minha foto mental estava realizada. Acredito que fotografia não é apenas um clique. Antes de apertar o botão temos muito trabalho a fazer. Uma boa fotografia também depende de observação e concentração.