09/05/2009


A foto ao lado foi feita por mim para o Jornal O Estado de São Paulo, durante o lançamento do DVD da minissérie Maysa, uma produção da TV Globo.

Um exemplo de como temos algumas possibilidades de criar diante da rapidez de uma foto para divulgação. A atriz estava posando para vários fotógrafos ao mesmo tempo.

Uma sugestão para fugir da mesmice é tentar ficar onde ninguém está. Embora isso seja quase impossível quando se trata da disputa entre fotógrafos, sempre haverá um cantinho diferente onde você poderá se posicionar. A luz era quase nada. O ambiente: restaurante do Hotel Copacabana Palace. Um clima meio Pub americano. Pouca luz e fundo preto, ou seja, sem flash seria quase impossível. Mas como acredito que mesmo na escuridão existe luz, usei o flash sim, mas sem achar que ele faria milagres.

Fotografo antes com a minha imaginação depois faço o clique. Quando cheguei ao Hotel Copacabana Palace fiz as minhas fotos imaginárias, o que resultou na foto acima publicada. A diferença, neste caso, é que além de fazer a foto/arte eu também tinha que pensar no conceito de divulgação desta imagem.

Fiz aquelas perguntas básicas do jornalismo: o que, quem, quando, como, onde e por quê? Quem seria o principal personagem da noite? Naquele caso, eram vários: diretores, atores, autores de novelas. Mas como a protagonista da série é Larissa, esta não poderia faltar em minhas fotos. Em que contexto a foto “falaria” mais sobre o assunto (divulgação) do DVD Maysa? Olhei no ambiente e vi o cartaz, que, aliás, foi colocado ali justamente como referência ao evento. O cartaz e a atriz principal eram então o foco da minha foto. Um resumo do evento.

Esta seria a mensagem de divulgação. A foto de abertura. Depois pensei na iluminação. Não queria que a luz dura do flash estragasse a minha imagem. Me posicionei ao lado da atriz de onde vinha uma suave luz indireta. Usei 800 ASA, 30 de velocidade, respirando fundo e f 4.0. Tentei um enquadramento meio lateral justamente para ficar diferente do que todos estavam fazendo. Eu não precisava e nem queria fazer a foto posada da atriz. Queria que ela não olhasse para a câmera. Os colunistas de jornal preferem este estilo. O motivo é simples: sugere espontaneidade. Minha foto mental estava realizada. Acredito que fotografia não é apenas um clique. Antes de apertar o botão temos muito trabalho a fazer. Uma boa fotografia também depende de observação e concentração.

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